terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Voltando de Ilhabela

A volta de Ilhabela foi uma aventura...
Deixamos o Anarquia em uma poita do "seu Geraldo", do lado do Pindá Iate Clube.
O tempo estava chuvoso em 14 de novembro, como foi quase todo aquele feriadão...
Voltei no fim de semana seguinte para buscá-lo.



   Os ventos, a princípio fracos, foram aumentando até que, em determinado momento, estávamos velejando a uma velocidade de cruzeiro de 8 nós, segundo o sensor de velocidade e o GPS. Subindo e surfando ondas que àquele momento já chegavam aos seus 1,5 a 2 m.


 O mar foi encarneirando e quando já tínhamos passado o Montão de Trigo, uma rajada forte adernou o Anarquia. Para compensar, orcei o barco.
Para minha surpresa, por mais que eu puxasse o leme o barco não orçava... foi aí que vi que a ferragem de sustentação do leme tinha quebrado... Naquele momento tive plena consciência que estávamos ferrados...
Foi um sufoco baixar as velas e acabar de tirar o leme, que tinha ficado atravessado na popa...
Não adiantou ligar o motor de popa e tentar usar o manete como leme...
A única solução que tivemos foi passar um cabo e ser rebocado pelo veleiro Sonho Meu.
O problema é que ser rebocado num mar agitado, com ventos de até 20 nós e sem leme é muito difícil.
Para evitar que o barco ficasse navegando atravessado a cada puxão no cabo, improvisei uma âncora de tempestade com um cabo e uma capa de almofada de aquablock amarrada na ponta. Foi o que nos salvou!...

Demoramos 9 horas para sermos rebocados até o canal de Bertioga. Nesse tempo, o cabo se rompeu três vezes, uma delas quando já era noite e não dava pra enxergar quase nada...
Graças à ajuda de um barco pesqueiro que estava perto do canal de Bertioga, chegamos na marinas Nacionais a salvo. Nós e o Anarquia!...

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